Reza a lenda que ao pé da Ermida da Nossa Senhora da Encarnação existe uma capela com outra Santa., a Nossa Senhora da Lapa. Junto da capela da N. Senhora da Lapa, ainda hoje existe uma rocha à qual os habitantes da freguesia chamam de milagrosa. Contam os mais velhos que quando tinham dores de cabeça se dirigiam à N. Sra. Da Lapa, davam nove voltas à capela “sempre a rezar”, batiam nove vezes com a cabeça na rocha para que a dor passasse, o que criou na rocha uma cavidade com o formato de uma cabeça.
Lenda do Nevoeiro Denso “Vila Negra”

Lenda do Castelinho (Freguesia de Santa Clara-a-Nova)
Uma vez, uma mulherzinha, que vivia no Castelinho, freguesia de Sta. Clara-a-Nova, concelho de Almodôvar, estava a coser as meias de seu marido, sentada ao sol que aquecia muito nesse dia. De repente apareceu-lhe uma senhora que se dizia ser sua vizinha e lhe pediu lume. A mulherzinha ficou muito admirada e surpreendida, pois não conhecia ninguém naquele local e, muito menos vizinho. Depois de muita conversa, a senhora que era moura, disse-lhe:
-Ó vizinha, venha conhecera minha casa que fica aqui perto. Verá que vai gostar!...Eu tenho mesmo muito gosto em oferecer-lhe a minha casa e mostrar-lha. A mulherzinha, levada pela curiosidade levantou-se e seguiu a moura.
Pelo caminho as duas mulheres continuaram conversando e a moura a certa altura, como segredando-lhe ao ouvido: -Vizinha não se admire de nada do que veja nem tenha medo de nada nem fale em Deus. Quando chegaram junto da casa da moura, entraram e a mulherzinha viu tudo bem visto, “obsequiou” tudo e notou que ela tinha tudo de ouro , prata e cobre. Estava tudo tão bem arrumado e limpo; Mas a casa era debaixo da terra.
Quando já tinha visto tudo bem a moura disse-lhe: agora vou apresentar-lhe o meu marido; mas não se assuste, não tenha medo nem diga nada. Conforme a moura abriu a porta do quarto onde estava o marido, que era metade lagarto metade homem, exclamou assustada e, instintivamente disse: -Ai! Valha-me Deus Nossa Senhora!...
Então a moura, muito triste e chorosa, apenas lhe respondeu: Ai, minha tirana! Encantaste-me por mais cem anos!...Dobraste o meu encantamento!...
De repente, fez-se muito escuro. A moura chorosa, pegou-lhe pela mão e veio traze-la à porta de sua casa, passado três dias morreu de desgosto
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