segunda-feira, 29 de março de 2010
Poetas Alentejanos
O Fado
Cumprida a rotação,
marcava mais um dia o calendário.
E sempre este fadário
de versos na tristeza da canção.
É noite, agora? Ou dia? Quem o sabe?
Dolentes guitarradas
gemem desesperadas
no tempo do silêncio que lhes cabe.
A voz se solta rouca e chora o canto
fatal do sofrimento,
enquanto o xaile negro, em negro manto,
enluta o desespero do lamento.
E assim, no desencontro da existência,
monótona se cumpre a rotação,
sofrida no fadário da cadência
que marca o calendário da canção.
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